Estamos sendo cobrados diariamente – e com razão – por melhorias na infraestrutura de atendimento do Departamento Médico-Legal (DML) e seus postos. A frase, do presidente Valdir Gomes Machado, foi dita na abertura da reunião com representantes do Instituto-Geral de Perícias (IGP) ocorrida nesta segunda-feira (26), no sindicato, referindo-se a novas reclamações de funerárias credenciadas no Sistema de Remoções de Corpos. Pelo Sesf-RS, também participou a diretora administrativa Valdirene Moreira, o secretário executivo Rodrigo Oliveira da Silva e o advogado José Horácio Gattiboni, da Sartori & Gattiboni Advogados. “Precisamos que cada caso seja reportado formalmente para apurarmos responsabilidades”, orientou o diretor do DML, Paulo da Cruz Barragan. Pelo IGP, também participou a diretora do Departamento de Perícias do Interior (DPI), Kelly Silva dos Santos, e o diretor substituto Paulo André César da Silva. Segundo ele, os problemas podem ser corrigidos internamente. Já os que envolvem a Polícia Civil “é necessário notificar”. “O que for da rotina, temos como agir de forma rápida”, complementou Kelly. De acordo com Valdirene, que relatou situações pontuais em Passo Fundo e Casca, a principal reclamação é a falta de respeito dos servidores. Há funerárias que querem se descredenciar, revelou. “A falta de padronização do atendimento é outro problema grave, isso é péssimo para nós”, completou. Também há reclamação de acionamento direto de funerária pela Polícia Civil, sem passar pelo nosso teleatendimento, finalizou. Outra situação pontual tratada na reunião foi sobre a operação em São Francisco de Paula. Para Gattiboni, o convênio dá sinais de desequilíbrio. “Estamos mais apreensivos do que o Estado”, ressaltou. “Precisamos reunir todos os agentes envolvidos para discutir soluções”, sugeriu.
A notícia boa foi trazida por Barragan. Segundo ele, o Estado deve firmar contratos emergenciais para reabrir os postos de Camaquã e Frederico Westphalen. Canoas e Novo Hamburgo também estão entre as possibilidades. Para o diretor do DML, se o Estado não firmar contratos emergenciais em outras localidades, há risco de fechamento de postos. “Por isso a necessidade”, destacou. “Há previsão de abertura de concurso público ainda em 2024 para peritos médico-legistas e técnicos em perícias”, antecipou. Ainda na reunião, Rodrigo cobrou o envio periódico das escalas nos postos. “Isso fora acertado com o IGP, mas não vem ocorrendo. Só funcionou no início”, disse. De acordo com Valdir, que convocou a reunião para também tratar do risco de não haver cobertura do atendimento em determinados municípios, é preciso solucionar os problemas de forma imediata. “As funerárias estão fazendo a sua parte”, concluiu.